quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O poeta está vivo com seus moinhos de vento!

Amigos,

A situação "internética" soteropolitana está complicada.

Só estou tendo acesso hoje e por um curto período.

Mas tem muita coisa legal e engraçada rolando aqui...

Muitas fotos e "causos"

O Baianês é fluente!!

Assim que puder posto todas as minhas considerações sobre!!!

Abraços!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Corpo

Você é Corpo.
Sua natureza é olhos carregar.
Brotar cantadas, grosserias e gracejos
Sensualidade que transpira no andar.

Você é Corpo de rebolado natural.
É como fêmea no cio o tempo inteiro.
Altera meu sistema nervoso e libido,
De ver sua bunda, pernas, peitos.

Você é Corpo que move prazer.
Prazer este que também te move.
Mas nega dele o próprio alimento
Nas vezes que se esconde em seu recato.

Você é Corpo que é feito pro delinear do vento em suas curvas,
Do que estar sentado o dia inteiro naquela cadeira.
Que de saia ou de biquíni se apresenta,
Melhor que aquela calça que não entra.

Você é Corpo que nunca sabe
Se todos só se chegam pelos seus dotes
Porque não olham primeiro seus olhos?
Porque sua alma não descobrem?

Você é Corpo e ele sempre virá primeiro
Até pra cegos que te toquem
Você que prove que é mais que ele.
Que corpo sozinho não se move

Você é Corpo que vive em fuga
Dos que te escrevem, de quem te telefona.
Pra quem te persegue, fica, como disse o poeta:
“Que te coma eu antes que a Terra de coma”

Eu te quero Corpo bem mais que um beijo
Então aceite a minha prosa
O meu pecado é ter desejo
O seu defeito é ser gostosa

PS: Essa já está em processo musical... totalmente inspirada em Lenine.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Ele verseja novamente

Ela sabe o tamanho da dor que faz quebrar um voto de silencio.
Dói a mente, o coração, a alma.
Ele não tem mais espelhos, não tem reflexos, não tem luz.
Ele tem dor e amor em estado bruto — algo muito próximo.
Ele não a temia.
Ele contava com Ela.
Ele queria estar mais perto quando se estava perto.
Ele se esforçou ao máximo para ser a exceção.
Ele foi escolhido.
Ela fez votos de submissão.
Ele esquece a dor pra ser paciente.
Ele aproveita e questiona, filosofa.
Ele quer perdoar sempre.
Eles criaram um universo paralelo. Multiverso. Mais que três dimensões.
Eles criaram laços de corpos e almas.
Eles semearam um futuro com as “não promessas” daquele presente.
Eles também prometeram-se porque assim se fez necessário.
Ela disse adeus.
Eles tiveram um hiato, romperam-no, tornaram a fazê-lo.
Ele queria desabafar. Não escreveu muito.
Ele versejou sem saber que o fazia.
Ela o respondeu e o publicou. Quem diria?
Eles se conheciam no respirar.
Eles tinham os laços de corpo e alma em prática constante.
Eles hoje desconhecem um o que o outro pensa.
Ele quer um “U” assim como Ela quer o segundo “N”.
Ele ainda só tem a Ela pra falar sobre Ela.
Ele só deve falar sobre Ela pra Ela.
Ele teme os ventos que derrubam tudo.
Ela muda o tempo.
Ele oferece o presente como uma dádiva.
Ela... O que fará? Exercerá o seu poder com as palavras?
Ele sabe que suas palavras não ousam competir com as dEla.
Ela é uma maestrina com as palavras escritas.
Ele verterá em prosa assim que tiver oportunidade.