domingo, 18 de janeiro de 2009

O Desenvolvimento do Nada

Curioso como chamamos de “Fazer Nada”, tudo aquilo de bom que fazemos diferente do nosso trabalho! Nos meu últimos 12 dias de férias, que tirei após longos 7 anos, fiquei arquitetando várias formas desse “Fazer Nada”. E olhem, isso custou tempo pra arquitetar. Chamar o simples fato de ficar numa praia, dentro d’água por algumas horas, é realmente Fazer Nada? Nesses dias entendi com mais precisão o que o Jair Oliveira quis dizer na música Coisas Fáceis: “Gestos tão pequenos, coisas fáceis”.
Temos um tratamento errôneo com o “Fazer Nada”. Pra muitos, isso é algo raro, e como o tal, deveria ter o peso de ouro! Mas não, olhamos pro “Fazer Nada” com olhar de reprovação, talvez esse seja uma máscara para uma invejazinha!!!
Curioso também é o fato de que “Fazer Nada” também custa dinheiro para a sua execução! E como isso pode ser chamado de NADA (ausência de quantidade; a não existência;)? E sempre terá o custo de tempo, mesmo que o “Fazer Nada” seja ficar dormindo o dia inteiro, o que eu acho um desperdício, mas pode ser algo necessário pra recarregar as energias do corpo!
O certo mesmo seria sugerir uma nova nomenclatura praquilo que chamamos de “Fazer Nada” (Talvez nos comentários achemos algo!! ). E precisamos dar o devido valor ao que hoje é “Fazer Nada”. Curtir esses momentos raros e torná-los não tão raros.
E estar com uma vontade infinita de SER. Independente do que se tem, independente do que se é e independente do que se está. Apenas SER! Com a certeza do nada e a convicção de coisa alguma!
Nessa semana estarei tornando o raro não tão raro. E tenho obtido um certo êxito nisso nesse início de 2009.
E vamos “Fazer Nada”!!!!

5 comentários:

  1. Belíssima observação, amizade!

    O excesso de trabalho condena nossas horas de descanso e quando nos reservamos o direito de nada fazer a autocondenação nos acusa de preguiçosos.

    Neoliberalismo é uma merda, né?

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  2. Eis a grande dificuldade dos dias atuais: ter dinheiro para não fazer nada... Sim, Marquinhos, torne este ato tanto menos raro, quanto mais significante em sua vida!

    Bjo!

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  3. Sim, meu caro irmão de coração:

    O Culto ao "Nadismo" geralmente é tirado como "Vagabundagem" ou "Preguiça", mas não é bem por ai...

    Com a atual supervalorização do trabalho, perdemos os momentos de ócio necessários para um equilíbrio do corpo, alma e mente e para aturarmos mais e mais dias árduos de trabalho...

    E acabamos sempre saindo na eterna redundância que nos cerca: 'Nos desvalorizamos ao valorizar
    O que não nos valoriza"

    Mas assim seguimos, tentando aproveitar os momentos para desenvolver a partir do "nada" e assim conquistar o "tudo", mesmo que este tudo seja apenas alguma horinha de prazer neste caos urbano-social em que vivemos.

    Por hora, só isso...
    Abração.

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  4. Sou a favor dessa prática, mas confesso que fazê-la e nao carregar pelo menos uma culpinha é dificil... Talvez culpa do neoliberalismo como sabiamente o amigo disse anteriormente...
    Mas vamos lutar pelo direito ao ócio...
    Marquinhus, Chuchu, te amo!!!
    rsrsrsrsssrsrsrs
    Beto!

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  5. Todos nós precisamos "fazer nada" para o bom funcionamento não só do nosso corpo de forma geral, mas também para o bom funcionamento da vida!

    Beijos, Marquito!

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